Mostra de cinema negro no Sesc/Glória
- robertojunquilho
- 4 de nov.
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Atualizado: 13 de nov.
Em novembro, o Sesc Glória traz uma programação especial no mês da Consciência Negra, com a mostra ‘Presenças Negras’, uma celebração do cinema negro em suas múltiplas geografias e expressões estéticas. Os curtas e longas-metragens que começaram a a ser exibidos no dia 5 vão até o dia 29, nas salas de cinema do Sesc Glória.

O destaque da programação é a retrospectiva completa do cineasta senegalês Djibril Diop Mambéty (1945-1998), uma das figuras mais importantes e radicais do cinema africano. Serão exibidos seus quatro longas-metragens: “Touki Bouki” (1973), obra seminal que influenciou gerações de cineastas; “Hienas” (1992), adaptação livre de “A Visita da Velha Senhora”; “O Franco” (1994), parte de uma trilogia inacabada sobre moeda e poder; e “A Pequena Vendedora de Sol” (1999), seu último filme, uma ode à resiliência.
Com entrada gratuita, a programação reúne 15 longas-metragens e 3 curtas que mapeiam a potência criativa de cineastas negros do Brasil e da África, a exemplo dos longas com o africano Djibril Diop Mambéty, estabelecendo diálogos entre diferentes gerações, estilos e territórios.
A mostra tem o objetivo de valorizar e aproximar a população negra e periférica das atividades, linguagens e aparelhos culturais, uma vez que menos de 3% dos filmes produzidos no Brasil são realizados por pessoas negras, segundo dados do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) de 2023.
“Ir ao cinema é viajar. A Mostra Presenças Negras é uma viagem pelo Brasil, a partir do Espírito Santo, fazendo conexão com Burkina Faso, Senegal, Nigéria, Níger e Quênia. Os longas e curtas apresentam um panorama significativo sobre o cinema negro, abrangendo desde os já clássicos países fundadores até a mais nova geração de cineastas”, destaca o programador de Audiovisual do Sesc-ES, André Felix.
A abertura ao público foi no dia 5 de novembro, às 18h30, com debatedores.
Ao longo do mês, serão realizadas outras seis sessões comentadas, com a presença de convidados para debater os filmes com o público. Uma sessão especial de “Touki Bouki”, no dia 29 de novembro, marca o encerramento da mostra.
A retrospectiva permite ao público capixaba conhecer a obra completa deste mestre do cinema mundial, cuja filmografia é marcada pela poesia visual, crítica social contundente e experimentação formal.






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