Lula vence Flavio Bolsonaro e todos os pré-candidatos da direita
- robertojunquilho
- 6 de dez.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), apresentado como o nome do campo bolsonarista, com 15 pontos de diferença, segundo pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (6) sobre a disputa presidencial de 2026. Os dados apontam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém vantagem consistente contra os principais nomes da direita, especialmente em cenários de segundo turno.
Segundo a Folha de São Paulo, o instituto ouviu 2.002 eleitores entre terça (2) e quinta-feira (4) em 113 municípios. A pesquisa foi realizada antes do anúncio de Flávio Bolsonaro como candidato apoiado por seu pai, Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe após a derrota eleitoral de 2022.
Nos cenários de segundo turno, Lula amplia ligeiramente sua vantagem em relação ao levantamento de julho. Contra Flávio Bolsonaro, o presidente aparece com 51%, enquanto o senador registra 36%. Anteriormente, o placar era de 48% a 37%.
O peso do sobrenome Bolsonaro se reflete também na queda de Eduardo Bolsonaro, que passa de 37% para 35%, enquanto Lula sobe de 49% para 52% neste confronto. Já Michelle Bolsonaro perde por 50% a 39%.
Entre os governadores alinhados à direita, os números são menos desfavoráveis. Tarcísio de Freitas aparece com 42% contra 47% de Lula — variação próxima à de julho, quando marcava 41% ante 45%. Ratinho Jr. também demonstra estabilidade: agora perde por 47% a 41%, antes 45% a 40%.
Imposto de Renda
A nova pesquisa Datafolha revela que a recente mudança no Imposto de Renda — proposta e sancionada pelo governo Lula (PT), que isenta trabalhadores com renda de até R$ 5 mil e concedeu descontos a quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7.350 — já produz impacto eleitoral favorável ao presidente Lula.
O impacto da nova política do Imposto de Renda é mais evidente no grupo que recebe de dois a cinco salários mínimos. A aprovação é de 29%, e a rejeição recuou oito pontos, de 47% para 39%, após a entrada em vigor da isenção e dos descontos ampliados.
A taxa de reprovação ao presidente entre os beneficiados diretos da medida caiu de 47% para 39%, uma redução de oito pontos percentuais, indicando que a política tributária começa a repercutir de forma positiva nesse segmento estratégico da população.
No conjunto da amostra, a avaliação geral do governo permanece praticamente estável: a aprovação oscilou de 33% em setembro para 32%, enquanto a desaprovação passou de 38% para 37%. O levantamento ouviu 2.002 pessoas entre 2 e 4 de dezembro, em 113 municípios, com margem de erro de dois pontos percentuais.
Gênero
Entre homens, 32% consideram o governo ótimo ou bom, e 39% o avaliam como ruim ou péssimo; 28% classificam como regular. A piora desse grupo se concentrou em 2023, quando a rejeição chegou a 29%.
Entre mulheres, 33% aprovam a gestão e 34% a rejeitam. No levantamento anterior, a aprovação era de 34%, e a reprovação, de 35%. A margem de erro para os dois grupos é de três pontos.
Religião
Entre católicos, a avaliação positiva permanece em 40%, mesma taxa registrada na rodada anterior. A reprovação também segue estável, agora em 31%.
No segmento evangélico, persiste o cenário mais desafiador para o governo: 49% de rejeição e 21% de aprovação, dentro da margem de erro de quatro pontos percentuais.






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