Malafaia sai em defesa de Sóstenes, seu afilhado político
- robertojunquilho
- há 5 dias
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Atualizado: há 4 dias
O empresário da fé Silas Malafaia saiu em defesa do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), seu afilhado político, alvo de uma operação da Polícia Federal que apura suspeitas de desvios na cota parlamentar. Em vídeos publicados nas redes sociais nesta sexta-feira (19), Malafaia afirmou que a investigação teria motivação política e classificou a ação como perseguição à atuação do parlamentar no Congresso.

"Tudo armação para denegrir. Perseguição implacável à direita. Querem calar todos que se levantam contra Lula, Alexandre de Moraes ou o Supremo Tribunal Federal", disse o pastor em um vídeo divulgado em seu perfil no X.
A Polícia Federal (PF) apontou ao Supremo Tribunal Federal a existência de R$ 28,638 milhões em movimentações suspeitas, sem justificativa plausível, em contas de assessores dos gabinetes dos deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ), bem como funcionários do partido, entre outras pessoas próximas aos parlamentares.
As informações constam no relatório parcial, cujo sigilo foi levantado nesta manhã pelo ministro Flávio Dino, relator do caso no Supremo, e que embasou a Operação Galho Fraco, deflagrada pela PF nesta sexta-feira (19) tendo os parlamentares entre os alvos. Segundo informações preliminares, R$ 400 mil em dinheiro vivo foram encontrados pelos agentes em um dos endereços de Sóstenes, que é líder do PL na Câmara.
A operação teve como foco os parlamentares e assessores suspeitos de envolvimento em um esquema de uso irregular dessas verbas, além de possíveis práticas de lavagem de dinheiro e atuação em organização criminosa.
As diligências fazem parte de um desdobramento de uma operação iniciada em dezembro de 2024, que já havia identificado indícios de irregularidades na gestão de recursos públicos vinculados à atividade parlamentar.
A Polícia Federal investiga crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O objetivo desta nova etapa é reunir provas adicionais, aprofundar o rastreamento do fluxo financeiro e esclarecer o papel de cada um dos investigados no suposto esquema.
A Polícia Federal aprofundou uma investigação iniciada há um ano e, a partir da análise de mensagens de celular, depoimentos de assessores e medidas de quebra de sigilo, chegou aos deputados federais Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante.
Segundo a Polícia Federal, o ponto de partida da apuração atual foi uma operação deflagrada exatamente em 19 de dezembro do ano passado, quando assessores ligados aos dois deputados foram alvo de buscas e outras medidas investigativas.
De acordo com a PF, o material recolhido naquela primeira fase — incluindo conversas em aparelhos celulares, relatos colhidos em depoimentos e dados obtidos por meio de quebras de sigilo — permitiu identificar indícios que apontariam para a participação dos parlamentares como beneficiários ou articuladores do esquema investigado. A partir desse conjunto probatório, a corporação avançou sobre os chamados “chefes” da estrutura.
A investigação indica que o esquema envolvia agentes públicos e empresários que teriam estabelecido um acordo ilícito para desviar recursos públicos provenientes da cota parlamentar. Conforme apurado, o mecanismo utilizado para a suposta fraude incluía contratos falsos firmados com empresas locadoras de veículos, que serviriam para justificar gastos inexistentes ou superfaturados.






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